BANDA: Andre Matos
ALBUM: Mentalize
ANO: 2009
GÊNERO: Heavy Metal
LOCAL: SÃO PAULO - SP
SITE:http://www.myspace.com/andrematossolo
MEMBROS
André Matos - Vocals, Piano (Viper (Bra), Angra, Shaman (Bra), Looking-Glass-Self, Virgo (Matos/Paeth), Holy Sagga, Avantasia, Aina, HDK)
André Hernandez - Guitars (Angra)
Hugo Mariutti - Guitars (Shaman (Bra), Henceforth)
Luis Mariutti - Bass (Angra, Firebox, Shaman (Bra), Henceforth)
Fabio Riberio - Keyboards
Eloy Casagrande - Drums (Mr. Ego)
FAIXAS:
1. Leading On 05:08
2. I Will Return 05:10
3. Someone Else 05:47
4. Shift the Night Away 04:58
5. Back to You 04:14
6. Mentalize 04:05
7. The Myriad 05:08
8. When the Sun Cried Out 04:39
9. Mirror of Me 04:15
10. Violence 04:59
11. A Lapse in Time 02:42
12. Power Stream 04:13
13. Don't Despair (Bonus Track) 05:08
DOWNLOAD Andre Matos - Mentalize - 2009:
http://www.mediafire.com/?zn0lamakauz
NOTAS:
Escrito por Paulo Peterson em 18/08/09
Depois de um bom começo solo com Time to be Free, Andre Matos e seus asseclas soltam novo material inédito. As gravações ocorreram no Gate Studio, em Wolfsburg, na Alemanha, com os inseparáveis produtores Sascha Paeth e Miro Rodenberg. Minha expectativa quanto ao novo álbum crescia a cada entrevista ou nota divulgada. No final de julho a gravadora Azul Music (a mesma de Steve Vai e Yardbirds, entre outros, no país) solta um press-release, com detalhes sobre Mentalize, e uma boa notícia, a de que o disco seria lançando simultaneamente com 40 países, ainda tinha mais, com bônus track, como é feito sempre com exclusividade para o Japão. Dessa vez, teremos esse privilégio. Por fim, na mesma nota, somos informados que o disco é uma continuação natural de Time to be Free, e que suas letras cita temas como: existencialismo, relações humanas, força do pensamento, sincronicidade, sonhos e, acreditem, até física quântica.
Antes de começar a escrever essa resenha, fui escutando o disco enquanto escrevia a introdução desse texto, para ir acompanhando as músicas novas, e assim começar a resenhar. Pensei imediatamente em todas as fases do André. No começo de sua carreira com o Viper e depois com o Angra, vibrava ouvindo suas interpretações em tons altíssimos. Em 2001, com o lançamento de seu projeto paralelo Virgo com Sasch Paeth, tive a grata surpresa de conhecer um novo André Matos, dessa vez, cantando composições diferentes de seu início de carreira. O disco homônimo do Virgo veio repleto de composições espetaculares, com ótimos músicos, e o melhor, mostrando aos mais céticos, que seu vocal era capaz de cantar qualquer estilo de música. Achei isso ótimo, pois o considero um vocalista versátil, e não apenas como vocalista taxado de melódico.
Vamos então aos comentários sobre Mentalize, a primeira faixa "Leading On", já começa com batidas tribais, para meu espanto, não é uma música rápida. Muito peso e riffs certeiros, e um inconfundível vocal, acompanhado por um naipe respeitável de músicos. Todos os instrumentos aparecem bem, com destaque para o garoto Eloy, e a dupla Hugo e Zaza, e seus solos cheios de identidade.
Nos primeiros acordes de "I Will Return”, após um coral bem ao estilo Queen e, por que não?, Avantasia, riffs pesados contrastando com vocais límpidos. Tem tudo para ser um novo clássico, nas primeiras audições, é impossível não sair cantando bem alto “And if I tell you that our minds are free again/ You know I will return”.
Os elementos presentes no Reason aparecem em “Someone Else”, efeitos sonoros e vocais, tornando seu começo bem obscuro. Esse é o tipo de música com a marca André Matos, começa lenta, segue rápida, e no meio para o fim, aquela paradinha, com entrada de teclados e depois um lindíssimo solo de guitarra, para em seguida entrar seus vocais, com efeito, novamente. Grande música.
Agora uma faixa rápida e bem pra cima, trata-se de “Shift The Night Away”, quarta música do álbum. Novamente com paradinha e a dupla Hugo e Zaza roubam a cena literalmente na canção, com riffs marcantes, harmonias cativantes, solos com técnica apurada de quem entende do traçado, outra bela música! Pena que o final tenha os chatos ‘fade out’.
Chegamos à primeira balada, e novamente, outra grande surpresa, “Back to You”. Não é aquela balada tipicamente composta para os padrões de FM. Seu estilo se assemelha ao projeto paralelo Virgo, talvez devido as orquestrações com timbres de guitarras clássicos.
A faixa título, “Mentalize”, certamente é uma das músicas mais pesadas do álbum, e mostra bem como será daqui para a frente a nova fase do vocalista e sua competente banda. Considero-a uma música forte e com um instrumental poderoso, mas pode não agradar aos fãs que o querem fazendo sempre músicas calcadas em sua fase no Angra e no Shaman. Sou totalmente contra, para mim o grupo como um todo está tentando consolidar uma nova sonoridade, sem ser radical. É na verdade um mistura de tudo que ele já fez, com novos rumos.
Dando sequência, temos “The Myriad” e “When the Sun Cried Out”. A primeira tem um começo igual a “Trail of Tears” do Reason, típica música ao estilo Matos de cantar, novamente uso de corais bem discretos, e solos bem encaixados; na segunda, os corais e orquestrações introduzem dando um clima de balada... Puro engano: ela segue rápida, com algumas paradas (como já foi dito acima) tipicamente usadas e abusadas em suas composições.
E tome peso em “Mirror of me” outra boa música, cozinha impecável com Hugo e Eloy, seu instrumental é uma continuação das composições do Time to Be Free. É uma das poucas vezes nesse disco em que Andre arrisca vocais mais agudos.
Em “Violence”, nos primeiros acordes de teclado, a impressão que temos é de que estamos ouvindo um disco de new age, tipo Enya, mas essa impressão dura pouco tempo...logo entram riffs marcantes mostrando como é o andamento dessa surpreendente música. Justamente esse andamento faz com que André a cante de forma brilhante com sua inconfundível voz. Possui uma ponte e um refrão bem cativante. Sem contar as ‘cavalgadas’ à la Iron Maiden em certos momentos. Tudo acaba ao som de um piano, bom gosto fora do normal.
O que mais me agradou nesse disco foram as baladas com piano e voz, como a bela “A Lapse in Time”, música bem curta, lembrando o estilo Freddie Mercury e Elton John de cantar ao piano.
Fechando o disco temos “Power Stream”, riffs rápidos com vocais rasgados.
Por último, a regravação de “Don´t Despair” do Angra, diferente por ter mais agudos do que a versão original.
No geral acredito ser um bom disco, nada comparado ao material já gravado pelo André Matos em seus melhores momentos. Acredito que o vocalista procura a cada novo álbum achar uma sonoridade para sua carreira solo, por isso fica a sensação, durante a audição do disco, de que se trata de um quebra cabeça sonoro, com elementos de todas épocas de sua carreira, com mais destaque em Mentalize, para a musicalidade usada em Reason e Virgo, discos mais experimentais.
Espero ir descobrindo mais essas composições. Gosto de discos que necessitem ser ouvidos várias vezes - foi assim com o Fireworks, com o Reason, e agora tenho certeza que vai ser assim com o Mentalize.
fonte: http://paulopeterson.blogspot.com/
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